quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PPMS Arquitetos Associados comandará nova reforma no Mercadão de SP


























Na concepção inicial, o projeto era perfeito: ao mesmo tempo em que um mezanino se erguia dentro do Mercado Municipal de São Paulo – garantindo a ampliação do espaço de circulação e comércio do centro varejeiro -, o piso da nova ala era composto por algumas placas de vidro – fazendo com que a parte agora “encoberta” pelo grande mezanino continuasse a usufruir da iluminação natural vinda das grandes clarabóias do teto, pertencentes ao projeto original do Mercado, de 1933.

Assim foi a reforma do famoso Mercadão, comandada, em 2004, pelo escritório de arquitetura PPMS Arquitetos Associados, dos arquitetos Pedro Paulo de Melo Saraiva, Pedro de Melo Saraiva, Fernando de Magalhães Mendonça. Porém, em abril deste ano (2011), ‘o que era vidro se quebrou’. Com o piso trincado em muitas partes, teve início também uma polêmica: de um lado, o escritório alegava o mau uso das placas feito pelo estabelecimento, já o estabelecimento culpava a fragilidade do material. No meio da confusão, a Prefeitura ameaçava fazer um concurso de estudantes para definir um novo material para o piso do mezanino.

Na última semana de novembro, veio a notícia tão aguardada por todos os lados: em respeito ao projeto de reforma original, a Prefeitura contratou o escritório PPMS para tocar, mais uma vez, a nova reforma do Mercadão, e, as obras devem começar já em janeiro de 2012. As placas de vidro que compõem o piso são, obviamente, o principal objeto da nova reforma. O que o escritório propõe agora é um “tapete” mesclando madeira (tacos hexagonais de Ipê-tabaco) e blocos de vidro fosco (fixados em estrutura metálica secundária) para substituir os trechos de vidro.

Esta opção, segundo o escritório, deve garantir duas premissas que já estavam na reforma de 2004: permitir a iluminação natural às áreas e ruas sob o mezanino e conferir a desejada distinção do novo piso em relação ao existente, marcando-o como área de circulação.

É claro que deve-se perder alguma coisa em iluminação perto do que se tinha com as placas de vidro. “A proposta é que tenhamos um piso muito mais rude e resistente, e, ainda, com alguma transparência. É o que chamamos de iluminação referencial”, explica o arquiteto Pedro de Melo Saraiva, um dos sócios do PPMS

A outra parte do projeto de reforma consiste na luminotécnica. Afinal, quando aconteceu a reforma de 2004 a parte da iluminação sob o mezanino ficou esquecida. “Aproveitamos a deixa pra inserir um projeto de iluminação bem diferenciado”, conta Pedro. Além de reforçar o partido arquitetônico, é este projeto que vai garantir iluminação adequada às ruas sob o mezanino e, ainda, permitir uma iluminação irradiada para a parte de cima do mezanino - através dos blocos de vidro do piso. Ideal para o anoitecer e para eventos noturnos do Mercadão.

Reforma do piso do Mercadão: "tapete" mesclando madeira (tacos hexagonais de Ipê-tabaco) e blocos de vidro fosco (fixados em estrutura metálica secundária

Readequação do Piso do Mezanino do Mercado Municipal Paulistano
Arquitetura: PPMS Arquitetos Associados - Pedro Paulo de Melo Saraiva, Pedro de Melo Saraiva, Fernando de Magalhães Mendonça.
Colaboradores:
Christian Nobre e Alex Lima de Holanda
Luminotécnica: Franco & Fortes Lighting Design
Estrutura: Lestrut Engenharia
São Paulo, SP - 2011










FONTE: ARQ!BACANA

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Projeto vencedor do concurso, do escritório Diller Scofidio + Renfro




























Diller Scofidio + Renfro foi o grande vencedor do Concurso Aberdeen City Garden, na Inglaterra, anunciado no dia 16 de janeiro. O escritório, que contou com a parceria do escritório escocês Keppie Design e dos arquitetos paisagistas do escritório OLIN, disputava a segunda fase do concurso com o projeto do escritório Foster + Partners e já tinha deixado para trás o renomado escritório Snohetta.

O júri selecionou o projeto depois de uma segunda fase, onde dois - dos seis participantes convidados - puderam expor melhor suas ideias e apresentar novos desenhos.

A proposta vencedora propõe uma praça adicional acima da existente, com áreas verdes distribuídas em oito diferentes jardins, um centro cultural e de artes com café e serviços, além de duas novas praças. O projeto reinterpreta a topografia da cidade, criando espaços verdes, e promove as ruas-ponte históricas da cidade, revelando arcos e abóbodas, porém mantendo as balaustradas e as estátuas que são parte do legado histórico da cidade de Aberdeen.

O arquiteto Charles Renfro, sócio do escritório Diller Scofidio + Renfro, disse: “a forte concorrência obrigou-nos a realizar uma grande pesquisa para entender a fundo o terreno existente e para aprofundar nossa capacidade criativa e nosso conhecimento técnico com a finalidade de encontrar uma solução ousada, bem pensada e bonita”.

Apesar da vitória, o projeto vencedor vai ser submetido a um referendum para saber se os habitantes aprovam a intervenção no local ou preferem que os jardins existentes permaneçam. Existem organizações contra o projeto, pois acreditam que pode acabar com a história local da cidade. A decisão acontece no próximo dia 1º de março.